sexta-feira, 21 de maio de 2010

O xilofone

O xilofone é um instrumento de percussão formado por lâminas de madeira dispostos de forma proporcional. Ele não tem origem muito clara, podendo ser asiática ou africana. É encontrado em muitas peças folclóricas. Existem três tipos de xilofones: baixo (mais grave), contralto (médio) e soprano (mais agudo). Nos instrumentos africanos mais antigos as placas ficavam soltas nas coxas do executante ou em covas no chão. Hoje existem xilofones muito sofisticados com teclas fixas, com ou sem ressonadores. Em certas regiões o xilofone é conhecido como marimba.
O xilofone orquestral possui suas lâminas dispostas como no teclado do piano., montado sobre ressonadores tubulares e atravessados por cordões.O xilofone possui 3 oitavas e meia de extensão e sua notação é feita uma oitava abaixo.
O educador mais conhecido com o uso do xilofone é Carl Orff (instrumental Orff).
O trabalho com este instrumento na educação infantil (xilofone do instrumental Orff) é muito importante por facilitar vários trabalhos Dó maior, quando retiradas as teclas fá e si, as crianças podem improvisar com qualquer nota que produzirá uma “criação correta”e agradável ao ouvido, considerando o sistema tonal.

Referência Bibliográfica:

SADIE, S. Dicionário Grove de Música. Rio de Janeiro: J. Zahar, 1994.

Música na Antiguidade dos povos hebreus e egípcios

Hebreus

Entende-se por hebreus o povo que viveu 2000 a.C à 70 d.C. Eles viveram na região do Oriente Médio e deram origem aos povos semitas como os árabes e os israelitas, antepassados históricos e espirituais dos atuais judeus.
De acordo com provas encontradas, Mann (1982) cita que a música era feita com alta qualidade na antiguidade. Esta música não pode ser hoje executada fielmente por não ter sido escrita, encontrando oposições para isto. Alguns povos, como por exemplo os gregos, consideravam que a escrita da música era prejudicial à memória. Desta forma, Mann ressalta que a música era passada de professor para aluno e, mesmo tendo conhecimento sobre os instrumentos e representações musicais da época, não há como saber como soava a música na mesma. A música dos hebreus sofreu influência de outras cortes, como do Egito e Suméria.
Segundo a história, foram descobertas gravuras representando famílias semitas levando seus pertences e também instrumentos musicais no túmulo do príncipe Chnem-hotep (1900 a.C). A música dos hebreus passa a ter maior desenvolvimento após Moisés os retirarem do Egito, por volta de 1300 a.C. Esta música possuía caráter religioso, guerreiro, festivo e de lamentação.
São encontradas na bíblia diversas referências que apontam sobre a música hebraica da época. Entre elas:
1. “As trompas fizeram ruir os muros de Jericó” (A.T. – Livro de Josué – Conquista de Jericó – 6:4-
2. “a harpa de Davi abrandava as fúrias do rei Saul” (Samuel I 16:23).
A música hebraica teve seu apogeu na época do rei Davi, onde 4000 levitas tinham a música como profissão. Os melhores músicos eram contratados por Davi para se apresentarem em praça pública, executando as melhores músicas do repertório e com corais até com mais de 100 vozes.
O povo hebreu é considerado o povo que mais se dedicou à música.
A música hebraica possuía modos e escalas bastante complexos, em forma de tetracordes descendentes e com seqüência de 4 notas. Havia improvisação vocal no canto salmodiano (hazanut).
Alguns instrumentos da época::
O shalil, hazozrah, shofar, Kinnor e Tof.

Egípcios (c.4500 a.C. a 359 d.C.):

Através de afrescos encontrados em templos e túmulos, acredita-se que a música do Antigo Egito tenha origem tão remota quanto à da Mesopotâmia, sendo assim possível reconstruir o panorama de desenvolvimento dos instrumentos deste povo. Mann (1982) relata sobre uma ópera de Wagner onde é representada uma cena em que um jovem constrói uma flauta para tentar imitar o som dos pássaros. Segundo Mann, esta ilustração de Wagner se faz muito pertinente, considerando que vários dos instrumentos antigos, inclusive dos egípcios, foram inventados com intuito de imitar os sons da natureza.
A música egípcia tinha fortes ligações à religião. Diversos objetos, murais, textos, artes em túmulos, etc. demonstram a atividade musical desse povo e a diversidade de instrumentos. A história do Egito foi divida em 12 períodos pelos pesquisadores. Dentre eles, encontram-se citado alguns onde houve importantes descobertas pertinentes à História da Música.
• Período Pré-dinástico (5000 – 3200 a.C.): representação em uma placa de xisto com dançarinos mascarados tocando flauta (3500 a.C.), sendo o instrumento mais antigo.
• Antigo Império (3200 – 2300 a.C.): inscrições que informam sobre as danças que eram apresentadas aos faraós; com cantores, harpista, tocador de flauta longa.
• Médio Império (2134 – 1580 a.C.): vários documentos representando conjuntos musicais com: alaúdes, harpas, liras, flautas de palheta dupla, trombetas, crótalos, tambores.
• Novo Império (1580 – 525 a.C.): música com função religiosa, ritual, e até militar, onde os instrumentos do período anterior se multiplicaram e aperfeiçoaram.
A música egípcia também era utilizada com caráter social, etc. Ela era praticada coletivamente, sendo os cantos acompanhados por danças, instrumentos e palmas.
Os músicos não eram considerados privilegiados, já que aparecem vestidos com escravos.
Com a chegada de elementos musicais estrangeiros, passaram a desprezar qualquer arte exercida pelos escravos e prostitutas na época de Ramsés. Antes deste fato, a música teórica era considerada muito importante. Há indícios, através dos documentos encontrados, que a música egípcia era baseada na escala pentatônica e que não conhecessem um sistema de notação.
Alguns instrumentos egípcios:
Mait, Sebi, Buni, Tebuni, Duff, Címbalos, Sistro, etc.

Referências Bibliográficas:

A música na Antiguidade. Disponível em: Acesso em: 25/02/2010.


MANN, WILLIAM. A música no tempo. 1982. Disponível em: <:http://ead2.uab.ufscar.br/file.php/1147/Textos/Mann/MannCap01.pdf > Acesso em: 25/02/2010.

Música da Antiguidade. Disponível em: Acesso em: 05/03/2010.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

O papel da inclusão digital no processo educativo

A Inclusão Digital ou Infoinclusão compreende a democratização do acesso à tecnologia de informações, trazendo inúmeros benefícios e inserindo todos na sociedade de informação. Analisando o termo desta maneira até parece simples de se concretizar, mas, na verdade para se afirmar que a Inclusão Digital ou infoinclusão ocorreu de forma plena e satisfatória, não deve ser analisada somente por ex: um indivíduo possuir um computador que dispõe de acesso à internet. O aspecto de inclusão é muito mais amplo e depende de muitos outros fatores que extrapolam todos estes conceitos. Ainda é observado na sociedade que muitas pessoas não sabem nem ligar um computador e também não possuem a mínima idéia de como operá-lo. Partindo desta informação chegamos à conclusão que além de possuir os recursos (computador, conexão com a internet) precisa-se de um preparo técnico para conseguir tirar proveito do que é oferecido na sociedade de informações. Outra questão é o individuo não saber o para que usar, ou seja, se não ter um sentido coerente para a utilização de todos estes recursos também não se pode dizer mais uma vez que a Inclusão Digital se deu de forma satisfatória.
A Inclusão Digital está intimamente ligada à questões sociais, políticas e educativas. Se não tiver uma educação adequada os indivíduos podem passar a utilizar tais ferramentas de maneira prejudicial. Apesar de todos os benefícios deste desenvolvimento, muitas “sujeiras” permeiam a vida das pessoas incluídas digitalmente. É muito importante termos à disposição inúmeras informações, rede de contatos (orkut, twitter...), etc, mas também se torna preocupante deixar por ex: uma criança exposta a tudo isto sem um mínimo de monitoramento. Mas considerando que em todo segmento existe os prós e os contras, consideramos que se toda esta tecnologia for utilizada de forma consciente, a sociedade só tem a crescer e se desenvolver cognitivamente.
Pensando agora sobre Exclusão Digital, segundo informações da Wikipédia, compreende um “conceito dos campos teóricos da comunicação, sociologia, tecnologia da informação, História e outras humanidades, que diz respeito às extensas camadas das sociedades que ficaram à margem do fenômeno da sociedade da informação e da expansão das redes digitais.” Se refletirmos sobre isto é fácil chegarmos a um consenso de que em nosso país ainda encontramos diversos fatores que bloqueiam a Inclusão Digital. O índice de pobreza gerado pela má distribuição de rendas, falta de acesso à educação de qualidade e outros fatores, impossibilitam grande parcela da população a ter acesso aos recursos tecnológicos e também aos meios de operação dos mesmos. Outro fato a ser considerado é o de alguns locais (principalmente na zona rural) ainda não possuir sequer energia elétrica, o que torna quase zero o contato com a sociedade de informação em curto prazo. Também devemos lembrar ainda da existência de uma porcentagem de analfabetismo relativamente grande, o que torna quase impossível o letramento digital.
Mas esquecendo um pouco dos problemas evidentes, iremos falar um pouco dos benefícios da inclusão digital para a educação. A forma de interação com o mundo digital pelos estudantes proporcionam um alto nível de aprendizagem, desenvolvendo o raciocínio lógico e possibilitando o contato com inúmeras fontes de informações, que se cruzadas e bem analisadas, podem render um ótimo aprendizado. Com toda estas transformações acontecendo rapidamente, é quase impossível um professor lecionar sem utilizar de alguma forma os recursos tecnológicos. Muitos softwares desenvolvidos para diversos segmentos do ensino auxiliam e proporcionam uma aula muito mais dinâmica e estimulante. Hoje encontramos uma enorme expansão das instituições de E.a.D., que sem dúvida utilizam vários recursos e mídias de forma bastante intensificada, concretizando a Inclusão Digital de forma saudável. A tendência é esta intensificação ser cada vez maior até nos ensinos presenciais.
Deve-se haver um esforço governamental contemplando diversas faces da Infoinclusão, tanto nas questões de educação geral, disponibilizacão de recursos físicos e também de recursos de treinamento para operar os recursos tecnológicos.
Os recursos tecnológicos (principalmente a internet) podem auxiliar no crescimento educativo, chegando a lugares onde é muito difícil o acesso a uma escola descente, atendendo por ex: um deficiente físico que não pode sair de casa para estudar, porém, como já dito antes, necessita-se do mínimo preparo operacional para que isto funcione bem.
Como educadores musicais podemos difundir as técnicas musicais através dos recursos tecnológicos visando um benefício cultural e de vida, considerando a partir do micro (escolas vizinhas, comunidade) até projeções mais ambiciosas atingindo o macro (país e mundo).
Devemos estar atualizados e preparados para utilizar todos estes recursos de forma que possa realmente trazer benefícios à sociedade, podendo assim dizer que houve uma concretização da Infoinclusão de maneira justa e democrática.

Referências Bibliográficas:

Exclusão Digital. Disponível em: Acesso em 16 de maio de 2010.

Inclusão Digital. Disponível em: Acesso em 16 de maio de 2010.

OLIVEIRA, A.G.P e MONTANARO, P.R. Tecnologias da Internet para Educação Musical. Disponível em: < id="1291">. Acesso em 16 de maio de 2010.

Apresentação

Olá!
Sou o André L. R., trompetista formado pelo Conservatório de Tatuí , onde me formei também em regência e estudei arranjo. Atualmente curso licenciatura em Educação Musical pela Universidade Federal de São Carlos. O objetivo inicial do blog é desenvolver atividades referentes à uma das disciplinas atuais que estou cursando na faculdade (Tecnologias da Internet para Educação Musical), podendo futuramente trilhar outros caminhos através do mesmo. De forma geral, o blog terá informações sobre música, educação musical, tecnologias, etc.
Abraços!