Hebreus
Entende-se por hebreus o povo que viveu 2000 a.C à 70 d.C. Eles viveram na região do Oriente Médio e deram origem aos povos semitas como os árabes e os israelitas, antepassados históricos e espirituais dos atuais judeus.
De acordo com provas encontradas, Mann (1982) cita que a música era feita com alta qualidade na antiguidade. Esta música não pode ser hoje executada fielmente por não ter sido escrita, encontrando oposições para isto. Alguns povos, como por exemplo os gregos, consideravam que a escrita da música era prejudicial à memória. Desta forma, Mann ressalta que a música era passada de professor para aluno e, mesmo tendo conhecimento sobre os instrumentos e representações musicais da época, não há como saber como soava a música na mesma. A música dos hebreus sofreu influência de outras cortes, como do Egito e Suméria.
Segundo a história, foram descobertas gravuras representando famílias semitas levando seus pertences e também instrumentos musicais no túmulo do príncipe Chnem-hotep (1900 a.C). A música dos hebreus passa a ter maior desenvolvimento após Moisés os retirarem do Egito, por volta de 1300 a.C. Esta música possuía caráter religioso, guerreiro, festivo e de lamentação.
São encontradas na bíblia diversas referências que apontam sobre a música hebraica da época. Entre elas:
1. “As trompas fizeram ruir os muros de Jericó” (A.T. – Livro de Josué – Conquista de Jericó – 6:4-
2. “a harpa de Davi abrandava as fúrias do rei Saul” (Samuel I 16:23).
A música hebraica teve seu apogeu na época do rei Davi, onde 4000 levitas tinham a música como profissão. Os melhores músicos eram contratados por Davi para se apresentarem em praça pública, executando as melhores músicas do repertório e com corais até com mais de 100 vozes.
O povo hebreu é considerado o povo que mais se dedicou à música.
A música hebraica possuía modos e escalas bastante complexos, em forma de tetracordes descendentes e com seqüência de 4 notas. Havia improvisação vocal no canto salmodiano (hazanut).
Alguns instrumentos da época::
O shalil, hazozrah, shofar, Kinnor e Tof.
Egípcios (c.4500 a.C. a 359 d.C.):
Através de afrescos encontrados em templos e túmulos, acredita-se que a música do Antigo Egito tenha origem tão remota quanto à da Mesopotâmia, sendo assim possível reconstruir o panorama de desenvolvimento dos instrumentos deste povo. Mann (1982) relata sobre uma ópera de Wagner onde é representada uma cena em que um jovem constrói uma flauta para tentar imitar o som dos pássaros. Segundo Mann, esta ilustração de Wagner se faz muito pertinente, considerando que vários dos instrumentos antigos, inclusive dos egípcios, foram inventados com intuito de imitar os sons da natureza.
A música egípcia tinha fortes ligações à religião. Diversos objetos, murais, textos, artes em túmulos, etc. demonstram a atividade musical desse povo e a diversidade de instrumentos. A história do Egito foi divida em 12 períodos pelos pesquisadores. Dentre eles, encontram-se citado alguns onde houve importantes descobertas pertinentes à História da Música.
• Período Pré-dinástico (5000 – 3200 a.C.): representação em uma placa de xisto com dançarinos mascarados tocando flauta (3500 a.C.), sendo o instrumento mais antigo.
• Antigo Império (3200 – 2300 a.C.): inscrições que informam sobre as danças que eram apresentadas aos faraós; com cantores, harpista, tocador de flauta longa.
• Médio Império (2134 – 1580 a.C.): vários documentos representando conjuntos musicais com: alaúdes, harpas, liras, flautas de palheta dupla, trombetas, crótalos, tambores.
• Novo Império (1580 – 525 a.C.): música com função religiosa, ritual, e até militar, onde os instrumentos do período anterior se multiplicaram e aperfeiçoaram.
A música egípcia também era utilizada com caráter social, etc. Ela era praticada coletivamente, sendo os cantos acompanhados por danças, instrumentos e palmas.
Os músicos não eram considerados privilegiados, já que aparecem vestidos com escravos.
Com a chegada de elementos musicais estrangeiros, passaram a desprezar qualquer arte exercida pelos escravos e prostitutas na época de Ramsés. Antes deste fato, a música teórica era considerada muito importante. Há indícios, através dos documentos encontrados, que a música egípcia era baseada na escala pentatônica e que não conhecessem um sistema de notação.
Alguns instrumentos egípcios:
Mait, Sebi, Buni, Tebuni, Duff, Címbalos, Sistro, etc.
Referências Bibliográficas:
A música na Antiguidade. Disponível em: Acesso em: 25/02/2010.
MANN, WILLIAM. A música no tempo. 1982. Disponível em: <:http://ead2.uab.ufscar.br/file.php/1147/Textos/Mann/MannCap01.pdf > Acesso em: 25/02/2010.
Música da Antiguidade. Disponível em: Acesso em: 05/03/2010.